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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O período das avaliações


Tu espera agora, e te farei ouvir a palavra de Deus.
E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação.
1 Samuel 9:27; 1 Pedro 1:17


Em geral no fim do ano as empresas fecham as contas e elaboram o balanço das atividades. Um resultado positivo – que se traduz em lucros – é sinônimo de prosperidade e continuidade da empresa. Se o resultado é nulo ou negativo, o responsável deverá buscar as causas disso e tomar medidas urgentes para corrigir a situação.
E em nossa vida também existem pontos em que temos de parar tudo e analisar – à luz de Deus – em que situação estamos. Os que se dizem cristãos deveriam se fazer as seguintes perguntas: “A comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo é uma realidade para mim?”; “Neste ano que passou experimentei mais do amor do meu Senhor?”; “Fiquei mais parecido com Cristo?”; “A quantos pude manifestar a graça salvadora de Cristo?”
Essas coisas são o “lucro” dos que conhecem o Senhor Jesus Cristo. São o tesouro de quem ama o Pai.
Se o seu padrão de medida é o sucesso do mundo, quanto dinheiro ganhou e quantos bens adquiriu, quantas obras de caridade praticou, como ficou mais bonito, mais jovem, então é melhor parar e reavaliar. O que restará de tudo isso? O que você poderá apresentar diante de Deus? De todos os esforços que você fez este ano, o que mudou seu coração e o levou à realidade de Deus? Os que só fazem suas avaliações em termos humanos fracassaram e estão “no vermelho”.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O presente



E a vós outros […] reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos… —Colossenses 1:21-22



Referimo-nos ao Natal como a época de trocar presentes. A maioria de nós se esforça para encontrar presentes dos quais amigos e família gostarão, mas nem todos os presentes são iguais. Alguns deles vêm com uma insinuação sutil, como um aparelho de ginástica ou um livro sobre perda de peso. Outros são aqueles que quem presenteia deseja para si mesmo. Mas, os melhores são aqueles que vêm de alguém que nos ama e sabe o que desejamos.

No Natal passado, o pastor da minha igreja, nos desafiou a pensar de maneira diferente na vinda de Cristo. Nós sabemos que Jesus era o presente perfeito de Deus para nós (Romanos 6:23), mas o pastor acrescentou outro pensamento. Disse-nos que a vinda de Jesus à terra também poderia ser vista como um presente que Ele deu a Seu Pai. Jesus amava Seu Pai e sabia que o que Ele mais desejava era que nós, Sua criação, fôssemos reconciliados com Ele. Por meio de Sua encarnação, Jesus possibilitou sermos um presente santo e inculpável para Deus (Colossenses 1:22).

Pensar em nós mesmos como um presente para Deus nos faz desejar ser um presente que vale o custo, “…para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus” (Colossenses 1:10).

O maior Presente de Deus deve despertar nossa mais profunda gratidão.


Julie Ackerman Link

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Grato por espinhos




Pelo que sinto prazer nas fraquezas (...) nas angústias, por amor de Cristo... 2 Coríntios 12:10

            Agradecer em todas as situações, às vezes é difícil. Quando o seu corpo está sofrendo dores ou você acaba de saber que tem um problema físico para o qual não há cura, perder o seu emprego ou rompeu um relacionamento de grande estima é difícil sentir gratidão. Mas podemos aprender a agradecer a Deus porque Ele nos fortalece quando nos sentimos fracos.
            É por isso que Paulo podia dizer: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas (...) nas angústias, por amor de Cristo...”(2 Coríntios 12:10). E como cristãos, podemos ser gratos que através de tais experiências, Deus está realizando o que é melhor para nós. Mesmo através do nosso sofrimento, Ele permite que tudo seja para o nosso bem (Romanos 8:28).
            O autor e pregador escocês George Matheson (1842-1906), que era cego, expressou esta oração: “Agradeci milhares de vezes por minhas rosas, mas nunca por meu ‘espinho’ (...) Ensina-me a glória da minha cruz; ensina-me o valor do meu ‘espinho’. Mostra-me que aproximei-me do Senhor pelo caminho da dor. Mostra-me que as minhas lágrimas originaram meu arco-íris.”
            Ao nos rendermos ao Senhor e lembrar que Ele está agindo por meio de tudo para alcançarmos o bem final, podemos agradecer-lhe, mesmo ao sofrermos com os espinhos.

Richard W. De Haan
Nosso Andar Diário


Será mais fácil suportarmos a carga do sofrimento, se tivermos gratidão em nossos corações.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Garantia para a vida



O Senhor é quem vai adiante de ti, Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará... Deuteronômio 31:8

            Há três anos, comprei uma mala com garantia para toda a vida. O fabricante disse: “Não nos importa quem a quebrar, nós a consertaremos ou a substituiremos, de graça _ para sempre.” Para o seu crédito, a companhia a consertou duas vezes, como haviam prometido. Mas há algumas semanas, eu soube que esta companhia estava indo à falência e o seu futuro estava em dúvida. Se a companhia desaparecesse, a garantia também desapareceria.
            Neste mundo, no qual nem sempre podemos depender de garantia, existe uma promessa na qual podemos confiar. Através de todas as Escrituras, encontramos a promessa do Senhor de estar com o Seu povo. Em Deuteronômio 31, lemos as palavras de confiança de Moisés a Josué: “O Senhor (...) será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes” (v. 8).
            Esta promessa se repete no Novo Testamento: “...Porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13:5-6). A promessa da presença infalível de Deus conosco é a nossa chave para vivermos com confiança e contentamento.
            Não importa quantas promessas não são cumpridas por pessoas, as promessas de Deus durarão por todo o tempo e eternidade. Porque Ele é eterno, Ele pode dar-nos uma garantia eterna.

David C. McCasland

Nosso Andar Diário

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

... como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai,  (...) andemos nós em novidade de vida. Romanos 6: 4
Certo programa de televisão que gosto de assistir tem um segmento chamado Maquiagem Perfeita. Duas mulheres são escolhidas para se submeterem a três horas de mimos para atualizar seu cabelo, maquiagem e guarda-roupa. Frequentemente, a mudança é dramática. Quando as mulheres surgem por detrás de uma cortina, a plateia fica sem fôlego. Às vezes, os amigos e parentes começam a chorar. Só após tudo isso, a pessoa com a nova aparência finalmente pode ver a si mesma. Algumas ficam tão chocadas que continuam se olhando ao espelho, como que em busca de provas de que são elas mesmas.
Quando as mulheres atravessam o palco para se unirem aos acompanhantes, seu eu anterior torna-se evidente. A maioria não sabe nem como caminhar com os novos sapatos. Embora pareçam chiques, seu caminhar desajeitado as delata.  Sua transformação é incompleta.
Isso também é válido para a nossa vida cristã. Deus faz a obra em nós para nos dar o recomeço, mas andar no caminho do Senhor ( Deuteronômio 11: 22) requer tempo, esforço e muita prática. Se apenas ficarmos parados e sorrirmos, poderemos passar por pessoas transformadas. Mas, nossa maneira de caminhar denuncia o quanto fomos transformados. Ser transformado significa abrir mão do nosso estilo de vida anterior e aprender uma nova maneira de caminhar. ( Romanos 6: 4).


Julie Ackerman Link

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Quão bem você conhece Deus ?



Como Deus é grande! Ultrapassa o nosso entendimento! Não há como calcular os anos da sua existência. (Jó 36:26)

Sendo infinito, Ele é inesgotavelmente interessante. Simplesmente impossível, portanto, de se tornar chato e entediante. Sua contínua demonstração de inteligência, em suas interessantes ações, é simplesmente gloriosa.

Sendo fonte e origem de todo bom prazer, Ele mesmo se agrada por completo.

Contudo, é espantoso quão pouco tempo e esforço gastamos em conhecer a Deus.

É como se o Presidente dos Estados Unidos viesse te visitar por um mês, e você somente dissesse ‘Olá’, apenas de passagem, todos os dias. Ou até mesmo se você voasse na velocidade da luz por algumas horas em volta do sol e de todo o sistema solar, e ao invés de olhar pela janela, você ficasse jogando um jogo de computador. Ou como se você fosse convidado para assistir os melhores atores, cantores, atletas e inventores do mundo, mas recusasse o convite para poder assim assistir o último episódio de sua novela favorita.

Oremos, pois, para que Deus, em sua infinita misericórdia, abra nossos olhos e toque em nossos corações para desejarmos vê-lo, senti-lo e procurá-lo mais.

John Piper

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

" Ora, se vós (...) sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? ( Mateus 7: 11)
Com as mãos cheias de cereais matinais, tentei espiar sorrateiramente alguns peixes no aquário do jardim. Talvez tenha sido a minha sombra na água... ou quem sabe não fui tão invisível quanto pensei. Enquanto me aproximava da grade, 15 enormes peixes dourados correram em minha direção, abrindo e fechando suas bocas freneticamente, na ávida expectativa de receber o alimento desejado.
Por que os peixes agitaram tão furiosamente as suas nadadeiras? Porque a minha simples presença acionou uma resposta condicionada em seus minúsculos cérebros de peixe, informando-os que eu tinha algo especial para lhes dar.
Ah! Se reagíssemos sempre assim com relação a Deus, e ao Seu desejo de nos dar boas dádivas -- com uma reação alicerçada em nossa experiência anterior com Ele,   que flui de um profundo conhecimento do Seu caráter.
O missionário William Carey declarou: " Espere grandes coisas de Deus. Empreenda grandes coisas para Ele." O Senhor deseja nos capacitar perfeitamente para aquilo que Ele deseja que façamos,  e nos convida a " nos achegar confiadamente" para encontrarmos graça e misericórdia em ocasião oportuna ( Hebreus 4: 16).
Quando nós, como filhos de Deus, vivemos pela fé, podemos ter uma grande expectativa e a confiança de que Deus nos dará exatamente o que precisamos, no momento adequado ( Mateus 7: 8-11). 


Cindy Hess Kasper

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Como Cristo Venceu a Amargura



Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. (1 Pedro 2:23)

Ninguém foi mais gravemente injustiçado do que Jesus. Toda acusação contra ele era imerecida.

Ninguém teve uma vida mais honrosa do que Jesus; e ninguém foi mais desonrado do que Jesus.

Se existiu alguém com total direito de se sentir amargurado e vingativo, foi Jesus. Como ele se controlou quando canalhas, os quais ele tinha ajudado, cuspiram em sua face? 1 Pedro 2:23 nos dá a resposta.

O que o versículo quer dizer é que Jesus tinha fé na graça futura do julgamento de um Deus justo. Ele não precisou se vingar de tudo que sofreu, porque ele confiou sua causa para Deus. Ele deixou a vingança nas mãos de Deus e orou para o arrependimento de seus inimigos (Lucas 23:34).

Pedro nos dá um vislumbre da fé de Jesus para que possamos também viver dessa maneira. Ele diz, “Para isso vocês foram chamados [para suportar as provações pacientemente] … pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos” (1 Pedro 2:21). Se através da FÉ na graça futura Cristo venceu a amargura e o desejo de vingança, quanto mais devemos nós, que temos muito menos direito a murmurar de nossas aflições.

 John Piper

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Pai, perdoa-lhes




E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. Lucas 23:34


            Pense na seguinte situação: Jesus está na cruz. Seus pulsos e tornozelos estão perfurados. Ele foi torturado, cuspido e açoitado.
            John White, que é médico, nos informa que “a tortura sem igual da crucificação consiste na sua sádica oferta de uma escolha entre dois horrores. Ficar dependurado com os braços estendidos durante horas produz câimbras nos músculos do peito, do abdômen e do diafragma. A respiração se torna difícil e dolorosa e a pessoa fica ameaçada de sufocação. Mas para encher os pulmões com ar é preciso levantar o corpo, transferindo o seu peso para o cravo que prende os tornozelos e lutando para ficar menos penso e poder se elevar mais. Quando a dor se torna insuportável, a pessoa volta às câimbras e à sufocação novamente.”(Ousadia na Oração, p. 189-190).
            Um historiador relatou que, às vezes, o crucificado ficava pendurado na cruz por dois ou três dias. Certamente Pilatos se admirou  de Jesus ter morrido em seis horas. Ele foi crucificado às 9 horas da manhã (Mc 15:25 _ a terceira hora dos judeus, contada desde o nascer do sol). Às 12 horas houve trevas sobre a Terra (Mc 15:33) e às 15 horas Jesus expirou (Mc 15:34).
            Tudo isso é necessário para lembrar-nos em que circunstâncias Jesus pediu que o Pai perdoasse Seus algozes. Incomparável! Uma oração que pede perdão para os ofensores. É um tipo de oração que raramente fazemos, não é verdade? Quando alguém nos ofende, o assunto da nossa oração é que Deus repreenda essa pessoa e a faça calar. Mas nosso Senhor diz que “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia” (Jo 15:18-19). A ignorância e a cegueira espiritual dos incrédulos devem ser lembradas por nós, a fim de usarmos de misericórdia para com eles.

            O exemplo de Jesus nos conclama a um nível bem mais elevado. Pedir que Deus perdoe os que nos ofendem é lembrar que Ele nos perdoa de erros maiores. Não estamos perdoando, estamos pedindo que Deus os perdoe. Se conseguirmos colocar isso em prática, certamente começaremos a ver mudanças em nós e naqueles que nos machucam. Não é fácil. Mas Jesus estava numa circunstância infinitamente mais difícil e conseguiu. Vamos tentar? Que tal experimentar?

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Pastor de estrelas



Por que, pois, dizes […] O meu caminho está encoberto ao Senhor…? —Isaías 40:27


Na primavera, os pastores de ovelhas levam os seus rebanhos das planícies para as montanhas. Milhares de ovelhas sobem às partes altas, para pastarem no verão.

Semana passada, minha mulher e eu cruzamos com um rebanho numa montanha. As ovelhas estavam descansando num prado junto a um ribeiro tranquilo — uma cena pitoresca que evocava recordações do Salmo 23.

Mas, onde estava o pastor? As ovelhas pareciam estar sós — até que algumas se separaram do rebanho e começaram a vaguear em direção a uma ravina distante. Ouvimos então um apito agudo vindo de cima. Levantando os olhos, vimos o pastor sentado no alto de uma colina, acima das ovelhas, montando guarda ao seu rebanho. Um cão montanhês e dois cães border collies estavam ao seu lado. Em resposta ao sinal do pastor, os cães correram colina abaixo e trouxeram as ovelhas desviadas de volta ao rebanho, que era o seu lugar.

Da mesma maneira, o Bom Pastor está guardando você. Embora você não possa vê-lo, Ele o vê! Ele o conhece pelo nome e sabe tudo a seu respeito. Você é a ovelha do Seu pasto (Ezequiel 34:31). Deus promete que buscará Suas ovelhas, apascentá-las-á de bons pastos e ligará as que se quebraram (vv.12,14,16).

Você pode confiar no atento cuidado de Deus.


O Cordeiro que morreu para nos salvar é o Pastor que vive para nos cuidar.


David H. Roper
Pão Diário

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Quando Deus Responde as Orações?


1 João 3:22–23

E aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável. Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou.

Deus responde a oração de pessoas que guardam os seus mandamentos. Seus mandamentos se resumem nestes dois: 1) que creiamos no nome de Jesus, e 2) que nos amemos uns aos outros.

Portanto, Deus responde as orações de pessoas que creem em Seu Filho e que se amam.

Isso poderia significar duas coisas:

1. Que crer em Jesus e amar as pessoas é uma forma de tornar-se merecedor das respostas às orações. Isso não é verdade. Em primeiro lugar, porque você não se torna merecedor de nada por crer. Merecer algo é uma forma de mostrar o meu valor e colocar Deus em débito comigo. Isso não pode ser feito. Ele já é dono de tudo, e qualquer valor que eu tenha em mim é uma dádiva dEle. Você não pode ganhar algo de Deus dessa forma. Se você deseja Suas dádivas, você deve acreditar que elas são melhores do que qualquer outra e então confiar que Ele as dará gratuitamente àqueles que buscam servi-lO e não, o mundo.

Em segundo lugar, amar as pessoas não faz de você merecedor das bençãos de Deus, porque o amor já é uma obra de Deus em nós e não uma obra autossuficiente nossa por Ele. João ensina claramente que o amor é a evidência do dom da vida e não a retribuição ou pagamento pela vida.

O que João quer dizer quando ele fala que Deus responde as orações de pessoas que creem em Seu Filho e que se amam?

2. Ele quer dizer que a oração tem um desígnio, e se você não usá-la da forma correta, ela não "funciona" da forma correta. Qual é o desígnio da oração? A oração é projetada por Deus para ser o efeito da fé e a causa do amor.

Portanto, se nós tentarmos orar quando não cremos de verdade no nome do Seu Filho, a oração não "funciona" da forma que deveria. E se nós tentarmos orar quando nosso alvo não é amar, a oração também não "funciona" do jeito certo.

É por isso que "aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos". Não porque guardar Seus mandamentos nos faz merecer respostas de oração, mas porque a oração é projetada para dar poder no caminho da obediência. A oração é a forma através da qual Deus se coloca à nossa disposição quando estamos transbordando em amor pelos outros. Oração é o poder de amar. Portanto, se nosso objetivo não é amar, oramos em vão. A oração não é projetada para aumentar prazeres acumulados.

A oração é uma maneira de chamar Deus para estar do nosso lado ao fazer o que Jesus veio para fazer. "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos." (1 João 3:16). É por isso que crer em Jesus e amarmos uns aos outros estão ligados como a forma de termos nossas orações respondidas. Crer em Jesus significa que nós admiramos a forma como Ele viveu e queremos ser como Ele. Você não pode crer em alguém e achar que a forma como essa pessoa viveu foi tola. Então, crer em Jesus necessariamente nos levará a amar os outros da forma como Ele amou. Crermos no nome de Jesus e amarmos uns aos outros são praticamente uma coisa só.

E já que Deus estava totalmente com Jesus com todo Seu poder e deu a ele toda a ajuda de que ele precisou, Ele também estará conosco quando nós crermos em Jesus e amarmos como Jesus amou. Então a razão pela qual Deus responde as orações daqueles que creem no nome de Jesus e amam os outros é que Deus ama exaltar Jesus.

Pela glória de Jesus e o poder de sua oração,

Pastor John.




John Piper

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Por que eu?

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós...Romanos 5:8

            Perguntaram ao pastor britânico Joseph Parker: “Por que Jesus escolheu Judas para ser um de Seus discípulos?” Ele refletiu sobre a pergunta por um instante, mas não encontrou resposta. Finalmente, disse que tinha uma questão ainda mais confusa: “Por que Ele escolheu a mim?”
            Esta é uma pergunta que tem sido feita por séculos. Quando as pessoas reconhecem os seus pecados e são dominadas pela culpa, clamam a Jesus por misericórdia. Essas pessoas experimentam a alegria de saber que Deus as ama; que Jesus morreu por elas e que são perdoadas de todos os seus pecados. Isto é incompreensível!
            Eu também perguntei: “Por que eu?” Eu sei que os atos obscuros e pecaminosos da minha vida foram motivados por um coração pecaminoso, e ainda assim, Deus me amou! (Romanos 5:8). Certamente, eu não o merecia, era infeliz e indefeso, todavia Ele abriu os Seus braços e coração para mim. Quase podia ouvi-lo sussurrar: “Eu te amo mais do que você ama o seu pecado.”
            É verdade! Eu apreciava o meu pecado, o escondia e negava as suas consequências. Mas Deus me amou o suficiente, para me perdoar e libertar.
            “Por que eu?” Está além da minha compreensão. Mas sei que Ele me ama_ e ama você também!

David C. Egner
Nosso Andar Diário


Deus não nos ama por aquilo que somos, mas pelo que Ele é.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A Última Oração



E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. Lucas 23:46

            As últimas palavras de uma pessoa talvez sejam a parte mais importante de toda a sua carreira terrestre. Na vida de Jesus não poderia ser diferente. Ao dizer, “ Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!”, o Senhor mostra-nos que O desespero deu lugar à confiança.
            O Cristo de Deus estava nos deixando mais este exemplo: como enfrentar a morte. Normalmente a morte é descrita como alguém que chega com uma foice que vem nos buscar na hora marcada. Isso dá medo! A Bíblia diz que um dos benefícios da obra de Cristo é que Ele nos libertou do pavor da morte (Hb 2:15).
            A maneira como Jesus enfrentou Seus últimos instantes serviu de “inspiração” para homens como Estêvão (At 7:55-60) e Paulo (Fp 1:2; 2 Tm 4:6-8). Os historiadores dizem que as últimas palavras de Lutero foram: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade” (Sl 31:5).
            Jesus encarou Seus últimos momentos com uma oração que ficou registrada a fim de oferecer consolo e segurança para Seus discípulos em todos os séculos. Muitos livros ensinam como viver, mas pouquíssimos ensinam como morrer. Para os que estão em Cristo, a morte não é um caminho escuro e incerto. Por isso, a morte não é um problema de quem parte, mas de quem fica. Em Sua última oração, nosso Senhor ensina-nos que a morte é simplesmente o momento em que o espírito volta para Deus, que o deu (Ec 12:7), e a carne para nada será aproveitada (Jo 6:63), pois logo entra em processo de decomposição.

            A certeza de que o nosso espírito será recebido por nosso Pai celeste deve estar na última oração que faremos na face desta terra. Amém.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Canções



Compadece-te de mim, Senhor […] de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. —Salmos 31:9


Em um documentário a respeito de três lendários guitarristas, Jack White descreveu a primeira coisa essencial para se escrever uma canção: “Se você ainda não tiver uma luta em seu interior ou à sua volta, terá de criar uma.”

As canções de maior significado para nós expressam nossos mais profundos sentimentos. Boa parte do livro de Salmos, frequentemente chamado “o livro de canções da Bíblia”, nasceu da luta. Elas capturam nossas decepções e medos, mas, sempre destacam para o fiel amor de Deus.

No Salmo 31, Davi escreveu: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo.” (v.9). Ele fala de uma armadilha feita para ele (v.4), de seu próprio pecado (v.10), do abandono pelos amigos (vv.11-12) e de tramas contra sua vida (v.13).

Contudo, a esperança de Davi não estava em sua própria força, mas, em Deus. “Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores” (vv.14-15).

Os Salmos nos convidam a derramarmos nossos corações a Deus, porque Ele reservou Sua bondade para aqueles que confiam nele (v.19).


David C. McCasland
Pão Diário

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A dor do abandono



E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mateus 27:46

          
         O sentimento mais comum dos filhos de Deus no momento da aflição é este: “ Deus me abandonou”, “Ele se esqueceu de mim”, “Não sabe mais onde eu moro”.
         “Nenhum abandono pode ser pior do que o ser abandonado por Deus. É o abandono final.” (John White, Ousadia na Oração, p.193). O verbo desamparar quer dizer “deixar em grandes dificuldades, deixar abandonado, totalmente abandonado”. Certamente foi tudo isso que Jesus sentiu naquele momento.
         Ao perguntar “por que me abandonaste?”, o Filho do homem não estava pedindo um esclarecimento da parte de Deus, mas simplesmente expressando a dor da solidão, que ultrapassa o entendimento. Na verdade, Ele sabia o porquê e para que estava sofrendo. Afinal, levar sobre Si os pecados do mundo inteiro era um peso que somente Jesus podia suportar (Is 53:5-6, 11-12; 1 Jo 2:2).
         Entretanto, há um fato interessante: mesmo se sentindo abandonado, o Messias ainda disse “Deus meu, Deus meu”, ou seja, não sentia a presença do Pai consigo, mas reconhecia que Ele continuava sendo Deus.
         Meus irmãos, a despeito de tudo quanto possamos sentir nos piores momentos de nossa vida, de uma coisa jamais poderemos abrir mão: Ele declarou “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”(Hb 13:5). Somos obrigados a acreditar nessa promessa até o fim da vida. Falemos como o salmista: “Eu cria, ainda que disse: estive sobremodo aflito” ( 116:10). Em qualquer circunstância, jamais duvide da bondade de Deus nem da Sua soberania. Deus nunca perde o controle de nada. O Pai não desamparou Jesus, Ele simplesmente estava deixando o Filho cumprir Sua missão, e esta envolvia muita dor, angústia e solidão.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Uma Palavra aos Não-convertidos


Queridos amigos, observem que em Romanos 10.13 o caminho da salvação é apresentado em termos claríssimos: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Me recordo que vivi esse versículo durante vários meses. Eu anelava por salvação; não conseguia perceber que havia esperança para mim. Pensava que teria de ser lançado fora, que era pecador demais ou intensamente duro de coração, ou muito isso e aquilo, de modo que outros poderiam ser salvos, mas eu não. Porém, quando li este versículo, fiz o que lhes peço que façam, eu me agarrei avidamente a esta verdade; ela parecia uma corda sendo atirada a um homem que se afogava. Ela se tornou meu salva-vidas: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Ah! pensei eu, clamo por esse bendito nome, clamarei por esse glorioso nome; se eu perecer, jamais cessarei de invocar este nome sagrado. Invocar o nome de Deus e conseqüentemente clamar por Ele é isto que salva a alma.

Mas preciso levá-lo a considerar essas palavras em mais detalhes. Existe neste versículo, em primeiro lugar, uma palavra abrangente, muitíssimo abrangente: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo? Todo já ouvi que, um homem ao fazer seu testamento, se quer deixar tudo o que possui somente para uma pessoa, digamos sua esposa, se ele apenas o externar, esta é a melhor coisa que ele pode fazer; contudo, é melhor que ele não entre em detalhes e comece a alistar o que está deixando, visto que provavelmente acabará deixando alguma coisa de fora. Ora, a fim de tornar essa vontade bem clara, Deus não entra em qualquer detalhe. Ele apenas diz todo. Isto significa o homem negro, o pele vermelha, o amarelo e o branco. Significa o homem rico, o pobre e o que ainda não é um homem todos, de toda a espécie, de espécie nenhuma ou de todas as espécies juntas. Todo isto inclui a mim, eu tenho certeza; mas tenho igual certeza de que inclui você, que não leu esse artigo antes. É melhor que seja assim, sem detalhes; pois, em caso contrário, alguém poderia ser deixado fora. Freqüentemente penso que, se lesse nas Escrituras: Se Charles Haddon Spurgeon invocar o nome do Senhor, será salvo, não me sentiria tão convicto da salvação quanto me sinto agora, pois teria concluído que talvez houvesse outra pessoa com este nome (provavelmente existe) e eu teria dito: Certamente isso não se refere à minha pessoa.; mas, quando o Senhor diz: Todo, não posso estar fora desse grupo. É uma rede grandiosa que parece englobar todos os homens. Todo se eu invocar o nome do Senhor, se você e, também, o homem moribundo que mora aqui perto clamarmos pelo nome do Senhor, todos seremos salvos. Todo que palavra ampla! 

Em seguida, que palavra fácil encontramos no texto! . Todo aquele que invocar o nome do Senhor. Qualquer um pode invocar o nome do Senhor. Todos compreendem o que significa olá! Você ainda não usou uma expressão como essa? E, se já esteve angustiado ou em perigo, você não chegou a gritar: Socorro, socorro, socorro? Muito bem, aquele que pode clamar assim clame também ao Senhor, invoque sua ajuda, clame por sua misericórdia, anele por sua compaixão. Se esta pessoa o faz crendo, como nós demonstraremos a você, confiando que Deus ouvirá, ela será salva. Portanto, não há dificuldade neste versículo que exija um doutor em teologia para explicá-lo; a verdade é apresentada claramente em palavras simples: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Esta verdade é tão clara quanto o dia. Oh! Se você pudesse enxergá-la e começasse a invocar o nome do Senhor, através de uma oração fervorosa!

Mas há outra palavra neste versículo, uma palavra segura: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Não existe qualquer se ou talvez, mas um glorioso será. O nosso será é insignificante, inconsistente; o será de Deus é tão firme quanto as montanhas eternas. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Tão certo quanto existe um Deus. O Senhor não cometeu nenhum erro; Ele não revogará sua declaração, porque mudou de ideia. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Oh! Que muitos invoquem o nome dEle e encontrem salvação imediata, que perdurará por toda a vida e pela eternidade, pois será salvo envolve um longo tempo, inclusive os tempos eternos que estão por vir.

Charles Haddon Spurgeon


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Carta de C. S. Lewis



Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome. —1 João 2:12


Em setembro de 1961, um estudante americano do Ensino Médio escreveu para C.S. Lewis, na Inglaterra. Ele tinha lido o livro deste autor Cartas de um diabo a seu aprendiz e perguntou-lhe: “Quando você escreveu este livro, Satanás causou-lhe algum problema? Se causou, o que você fez?”

Três semanas mais tarde, Lewis redigiu uma resposta em que afirmou que ele ainda tinha muitas tentações. Ele disse que ao enfrentá-las, “Talvez… o mais importante seja continuar; não se desencorajar ainda que frequentemente nos rendamos à tentação, mas sempre nos reerguermos e pedir perdão.”

As cartas de João no Novo Testamento são repletas de encorajamento para perseverar diante da tentação. “Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome. Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno” (1 João 2:12-13).

Seja qual for a nossa idade ou experiência, estamos juntos numa batalha espiritual. “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (v.17).

Apeguemo-nos a Deus e prossigamos!

Para dominar a tentação, permita que Cristo domine você.

David C. McCasland 
Pão Diário

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Negócios inacabados



…Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. —Lucas 23:42


Aos 99 anos, Leo Plass recebeu seu diploma universitário. Ele tinha deixado sua formação em magistério durante a década de 1930 quando abandou a universidade para ganhar a vida no ramo de corte e transporte de árvores. Setenta e nove anos depois, ele completou os três créditos necessários para se formar e resolver esse importante negócio inacabado em sua vida.

Muitos de nós podemos nos identificar com Leo. Nossos negócios inacabados podem incluir pedidos de desculpas não ditos ou, ainda mais importante, decisões espirituais inacabadas. Um dos criminosos que foi crucificado ao lado de Jesus precisava tomar tal decisão urgentemente. Com apenas alguns suspiros separando-o da eternidade, ele percebeu quem Jesus era e queria estar com Ele no céu. O ladrão reconheceu o seu pecado e a inocência de Jesus e disse: “…Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23:42). Jesus respondeu, “…Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (v.43).

Deus não quer que ninguém pereça (2 Pedro 3:9). Sua oferta de salvação está disponível a todos, independentemente de idade, saúde ou fase de vida. Sua oferta está disponível a você. Não demore para receber Jesus como Salvador (2 Coríntios 6:2). Resolva este importante negócio inacabado e você aguardará pela eternidade com Ele.


Ser salvo aqui significa ser salvo no futuro.


Jennifer Benson Schuldt
Pão Diário

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O pior dia de sua vida



…falarei na angústia do meu espírito, queixar-me-ei na amargura da minha alma. —Jó 7:11



Em maio de 2011, uma jovem americana abrigou-se numa banheira durante um furacão que devastou sua cidade. Seu marido cobriu o corpo da moça com o dele e recebeu as pancadas dos escombros atirados pelo vento. Ele morreu e ela sobreviveu graças ao seu heroísmo. Ela, naturalmente, luta com a pergunta “Por quê?” Mas um ano após o tornado, ela diz que encontra consolo porque mesmo no pior dia de sua vida, foi amada.

Quando penso em “piores dias”, imediatamente penso em Jó. Um homem que amava Deus, perdeu seus animais, seus servos e dez filhos num único dia! (Jó 1:13-19). Jó lamentou profundamente e também perguntou “por quê?”. Ele clamou: “Se pequei, que mal te fiz a ti […]? Por que fizeste de mim um alvo para ti…?” (7:20). Os amigos de Jó o acusaram de ter pecado e acharam que ele merecia suas dificuldades, mas Deus disse sobre esses amigos: “…não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (42:7). Deus não lhe disse quais eram as razões para o sofrimento por qual passara, mas ouviu Jó e não o culpou pelas perguntas que fez. Deus garantiu-lhe que tinha controle sobre tudo e Jó confiou nele (42:1-6).

O Senhor pode não nos dar razões para as nossas provações. Mas, felizmente, mesmo nos piores dias de nossas vidas, temos a certeza de que somos amados por Ele (Romanos 8:35-39).


O amor de Deus não impede as nossas provações, mas no ampara em meio a elas.


Anne Cetas
Pão Diário



terça-feira, 18 de agosto de 2015

Fundo Rochoso




Foi me bom ter eu passado por essa aflição, para que aprendesse os teus decretos. Salmo 119:71

         Por volta dos meus trinta anos, eu era a esposa e mãe dedicada, uma cristã que trabalhava ao lado do marido. Todavia, em meu interior, eu fazia uma viagem que ninguém quer empreender; uma viagem que me conduzia para baixo. Eu ia em direção ao quebrantamento da minha obstinada autossuficiência.
         Finalmente, experimentei o estranho alívio de chegar ao fundo completamente rochoso, local em que fiz uma descoberta inesperada: a rocha sobre a qual eu fora lançada não era outra além do próprio Cristo. Lançada sobre Ele encontrei-me numa situação em que comecei a reconstruir o restante da minha vida, dessa vez como uma pessoa dependente de Deus e não como alguém que dependia de si mesma. A minha experiência naquele fundo rochoso tornou-se o ponto de retorno e de amadurecimento espiritual vital.
         A maioria das pessoas sente tudo, menos algo espiritual, ao atingir o fundo do poço. E sua miséria muitas vezes é reforçada por cristãos que têm um ponto de vista míope sobre o sofrimento que a pessoa está passando e o porquê de tal situação. Mas nosso Pai celestial tem prazer naquilo que Ele pretende nos mostrar por meio desse processo doloroso.
         Aquele que conhece o segredo de uma vida sob a dependência de Deus, pode afirmar: “ Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” (Salmo 119:71)

Quando um cristão atinge o fundo rochoso, descobre que Cristo é o firme fundamento.
Joanie Yoder

Nosso Andar Diário

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Lutando Contra a Ansiedade


Devemos seguir o modelo de Jesus e Paulo. Devemos combater a incredulidade da ansiedade com as promessas de graça futura. Quando estou ansioso sobre algum novo empreendimento arriscado ou reunião, eu luto contra a incredulidade com uma das minhas promessas mais frequentemente utilizada, Isaías 41:10. O dia em que saí para passar três anos na Alemanha, meu pai me ligou de longa distância e me deu essa promessa ao telefone. Ao longo dos três anos, eu devo ter citado isso para mim quinhentas vezes, para conseguir passar por períodos de tremendo estresse. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41:10). Quando o motor da minha mente está em ponto morto, o sussurro das engrenagens é o som de Isaías 41:10.

Quando estou ansioso quanto ao meu ministério ser inútil e vazio, eu luto contra a incredulidade com a promessa de Isaías 55:11. “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”.

Quando estou ansioso quanto a ser muito fraco para fazer o meu trabalho, eu luto contra a incredulidade com a promessa de Cristo: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9).

Quando estou ansioso quanto a decisões que tenho que tomar em relação ao futuro, eu luto contra a incredulidade com a promessa: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Salmo 32: 8).

Quando estou ansioso quanto a encarar adversários, eu luto contra a incredulidade com a promessa: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”? (Romanos 8:31).

Quando estou ansioso quanto ao bem-estar das pessoas que amo, eu luto contra a incredulidade com a promessa de que, se eu, sendo mau, sei como dar boas coisas aos meus filhos, quanto mais “vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem” (Mateus 7:11). E eu luto para manter meu equilíbrio espiritual com a lembrança de que não há ninguém que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou terras, por amor de Cristo, que “não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10:29-30).

Quando estou ansioso quanto a estar doente, eu luto contra a incredulidade com a promessa: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra” (Salmo 34:19). E eu tomo a promessa com tremor: “a tribulação produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5:3-5).

Quando estou ansioso quanto a estar envelhecendo, eu luto contra a incredulidade com a promessa: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei” (Isaías 46:4).

Quando estou ansioso quanto a morrer, eu luto contra a incredulidade com a promessa de que “nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Romanos 14:7-9).

Quando estou ansioso de que eu possa naufragar da minha fé e me afastar de Deus, eu luto contra a incredulidade com as promessas: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6) e “também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25).

Esse é o modo de vida que eu ainda estou aprendendo, enquanto entro na minha sétima década. Eu escrevo este livro na esperança, e com a oração, de que você se unirá a mim. Façamos guerra, não contra outras pessoas, mas contra a nossa própria incredulidade. Ela é a raiz da ansiedade, a qual, por sua vez, é a raiz de tantos outros pecados. Por isso, liguemos os nossos limpadores de para-brisa e usemos o jato de água, e mantenhamos os olhos fixos nas promessas grandes e preciosas de Deus. Tome a Bíblia, peça ajuda ao Espírito Santo, coloque as promessas em seu coração e combata o bom combate – viver pela fé na graça futura.



Fonte: Trecho do livro Lutando Contra a Incredulidade, John Piper

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Um milagre voador

Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas. —Salmo 104:24


Dentre as criaturas de Deus, a borboleta é uma das mais incrivelmente lindas! Seu voo suave, asas coloridas e seus surpreendentes padrões migratórios são características que as tornam uma obra-prima do mundo natural.

Esse inseto voador, ao mesmo tempo em que nos surpreende com prazer visual, também nos fornece exemplos surpreendentes das maravilhas da criação de Deus.

Por exemplo, a majestosa borboleta-monarca pode viajar 4.800 quilômetros em sua migração para a América Central, apenas para acabar na mesma árvore em que seus pais ou até seus avós pousaram uma ou duas gerações antes. Ela faz isso guiada por um cérebro do tamanho de uma cabeça de alfinete.

Ou considere a metamorfose da monarca. Após a lagarta construir um casulo em torno de si mesma, libera uma substância química que transforma o seu interior em um massa pastosa, sem partes perceptíveis. De alguma forma, a partir disto emergem o cérebro, as partes internas, cabeça, patas e asas de uma borboleta.

Um especialista em borboletas disse: “A transformação do corpo de uma lagarta no corpo e nas asas de uma borboleta é, sem dúvida, uma das maravilhas da vida na terra.” Outro especialista acredita que esta metamorfose é “vista como um milagre.”

“Que variedade, Senhor, nas tuas obras!…” (Salmo 104:24) — e a borboleta é apenas uma delas.



O projeto da criação revela o Artífice-mestre.



Dave Branon

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Os caminhos de Deus são justos

"Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão." Isaías 43:2-3
Deus sabe o que é melhor. Nenhuma luta virá em sua direção a menos que seja do seu propósito, presença e permissão. Que encorajamento isso traz! Você nunca é vítima da natureza ou do destino. O acaso é eliminado. Você é mais do que um catavento balançado pelos ventos da sorte. Deus o abandonaria aos caprichos de ladrões loucos por causa de droga, invasores de empresas gananciosos ou maus líderes? Que acabe esse pensamento!
Nós vivemos sob a palma da mão protetora de um Rei soberano que dirige todas as circunstâncias de nossas vidas e alegra-se em fazer-nos bem.
Nada vem em sua direção que não tenha passado primeiro pelo filtro de seu amor.


Max Lucado

terça-feira, 21 de julho de 2015

Dez Lições que Aprendi de Meu Pai


Quando meu pai me convidou para falar em seu banquete de "não aposentar-se" (embora estivesse se aposentando, perante a lei) aos oitenta anos de idade, eu não tive de orar sobre o assunto. Não havia dúvidas quanto à vontade do Senhor. Um filho sempre dirá "sim" e honrará seu pai. Contei aos convidados que diria estas palavras no funeral de meu pai, mas que era uma grande honra e alegria poder dizê-las na presença dele. Agora estou publicando-as, para que outros as leiam, enquanto ele ainda está vivo e serve no ministério. Que esta honra se propague. Deus tem sido gracioso para comigo.

1) Quando as coisas não acontecem do modo desejado, Deus sempre as faz concorrer para o bem.

Em nosso lar, Romanos 8.28 era tão proeminente como João 3.16. Eu o aprendi dos lábios de meu pai: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". Isso se tornou o alicerce de minha vida. É assim que Deus é. A vida é árdua. Deus é soberano. Deus é bom.

2) Podemos confiar em Deus.

Meu pai nunca murmurou ante as providências de Deus, nem mesmo quando Ele levou mamãe aos cinquenta e cinco anos de idade. Foi uma perda imensa. A tristeza foi demorada. Mas nunca duvidamos de Deus. "Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?" (Salmos 56.11).

3) As pessoas estão perdidas e precisam ser salvas por meio da fé em Jesus.

Meu pai era um evangelista. A sua ausência de casa, em viagens evangelísticas, durante quase um terço de minha vida, incutiu-me uma mensagem primordial: o inferno é real e terrível e Jesus é um grande Salvador. Mamãe sempre sugeriu que a ausência de papai era um privilégio glorioso que tínhamos de apoiar. Naquela época, nunca pensei em ressentir-me de sua necessidade de ausentar-se, como não o penso até hoje.

4) A vida é precária e preciosa. Não presuma que certamente amanhã você estará vivo. Não desperdice a sua vida hoje.

"Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9.27). Ouvi meu pai dizer estas palavras muitas vezes, enquanto pregava. Eram palavras ameaçadoras e, ao mesmo tempo, boas para mim. "Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz" (Provérbios 27.1). Papai sabia - por isso, eu também sabia - muitas histórias de jovens que haviam sido mortos antes de estarem prontos para se encontrarem com Deus. O mundo era um lugar muito sério onde cresceríamos.

5) Um coração feliz é como um remédio excelente, e Cristo é Aquele que satisfaz o coração.

Meu pai era e continua sendo o homem mais feliz que já conheci. Em um sermão intitulado "Salvo, Seguro e Satisfeito", ele disse: "Ele é Deus. Quando confiamos nEle, temos o próprio Deus e tudo o que Ele possui. Não podemos ser nada além de pessoas satisfeitas com a perfeita plenitude de Cristo". No que diz respeito ao amor pelas coisas espirituais, nosso lar foi o mais feliz que já conheci.

6) Um crente é um grande realizador, e não um grande proibidor.

Éramos fundamentalistas - procurando viver sem arrogância. E tínhamos nossa lista de coisas proibidas. Mas isso não era o mais importante. Deus era o mais importante. E Deus era digno de tudo.

7) A vida cristã é sobrenatural.

O viver cristão não é possível sem o Espírito Santo, que age em resposta à oração. Em minha memória não há uma noite em que minha família não orou reunida, à medida que crescíamos.

8) A doutrina bíblica é importante, mas não surre as pessoas com essa doutrina.

Papai lamentava pelas escolas e pessoas da família que dividiam aquilo que a Bíblia mantém junto: Falar "a verdade em amor" (Efésios 4.15). Verdade e amor. Esta é uma ótima união. Mantenha-os juntos, filho.

9) Respeite sua mãe.

Se quiséssemos ver papai irado, era só falarmos insolentemente com mamãe. "Honre a sua mãe" é o que Deus ordena. E papai sabia o preço que ela pagava por concordar que ele viajasse. Ai do filho que falasse uma palavra depreciadora desta grande mulher!

10) Seja aquilo para o que Deus o criou, não seja outra pessoa.

Se você é baixo, forme um time chamado "Batatinhas Difíceis de Descascar". Ele nunca me pressionou a ser um pastor. Filho, busque a vontade de Deus acima de todas as coisas. E seja aquilo para o que Deus o criou.

Escrevo com profunda afeição. Muito obrigado, papai!


John Piper

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vitória sobre o temperamento




Trinta e sete anos de idade. Magro, quase frágil. Ficando calvo e de óculos. Um entusiasta da eletrônica. Obediente à lei e cansado. Certamente não é uma descrição que você faria de um vigilante.

Mas isso não incomodou o público americano. Quando Bernhard Hugo Goetz alvejou quatro pessoas que pretendiam realizar um assalto em um metrô de Nova Iorque, ele imediatamente tornou-se um herói.

Não é difícil ver por quê.

Bernhard Goetz foi uma fantasia americana que se tornou realidade. Ele fez o que todo cidadão quer fazer. Ele reagiu. Ele “deu um chute no nariz do meliante”. Ele “agarrou o adversário pela cabeça”.

Este modesto herói incorporou uma raiva de âmbito nacional, até de âmbito mundial: uma paixão por vingança. As pessoas estão loucas. As pessoas estão bravas. Há uma fúria em ebulição, reprimida que nos leva a brindar um homem que intrepidamente (ou medrosamente) diz, “Não vou tolerar mais isto!” e então sai com uma pistola ardente em cada mão.

Estamos cansados. Estamos cansados de sermos intimidados, atormentados e amedrontados. Estamos cansados de assassinos em série, estupradores e assassinos de aluguel.

Estamos furiosos com alguém, mas não sabemos quem. Estamos assustados com algumas coisas, mas não sabemos o quê. Queremos reagir, mas não sabemos como. E então, quando um Wyatt Earp dos dias atuais entra em cena, nós o aplaudimos. Ele está falando por nós! “Caçador de criminosos, é assim que se faz!”

Ou é? É realmente assim que se faz? Vamos pensar sobre a nossa raiva por um minuto.

Raiva. É uma emoção característica, mas previsível. Começa como uma gota d’água. Uma chateação. Uma frustração. Nada grande. Somente uma irritação. Alguém pega a sua vaga no estacionamento. Alguém pára na sua frente na auto-estrada. Uma garçonete está devagar e você está com pressa. A torrada queima. Gotas d’água. Pingam. Pingam. Pingam. Pingam.

Porém, esteja farto destas gotas de raiva aparentemente inocentes e em pouco tempo você tem um balde cheio de raiva. Vingança ambulante. Amargura cega. Ódio fixo. Não confiamos em ninguém, mostramos os dentes para qualquer pessoa que chega perto. Nós nos tornamos bombas de ação retardada ambulantes que, com a tensão e o medo adequados, poderia explodir como o Sr. Goetz.

Agora, isso é maneira de se viver? Que bem o ódio já trouxe? Que esperança a raiva já criou? Que problemas já foram resolvidos pela vingança?

Então, o que fazemos? Não podemos negar que nossa raiva existe. Como a controlamos? Uma boa opção é encontrada em Lucas 23:24. Aqui, Jesus fala sobre a multidão que o matou. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo”. Você já quis saber como Jesus impediu a vingança? Você já perguntou como Ele manteve o controle? Aqui está a resposta. É a segunda parte da sua declaração: ”pois não sabem o que estão fazendo”. Olhe atentamente. É como se Jesus considerasse esta multidão sedenta por sangue, faminta por morte não como assassinos, mas como vítimas. Como se Ele os considerasse não como uma multidão militante mas, como Ele colocou, como “ovelha sem um pastor”.

“Não sabem o que estão fazendo”.

E ao passo que você pensa nisso, eles não pensam. Eles não têm a mais vaga idéia do que eles estavam fazendo. Eles eram uma multidão louca por comoção, furiosa com alguma coisa que eles não conseguiam enxergar, então eles descontaram isso em, de todas as pessoas, Deus. Mas eles não sabiam o que estavam fazendo.

E na maioria das vezes, nem nós sabemos. Ainda estamos, por mais que odiemos admitir isso, sem pastor. Tudo o que sabemos é que nascemos sem uma eternidade e estamos assustadoramente perto de outra. Brincamos de etiqueta com as indistintas realidades de morte e dor. Não conseguimos responder nossas próprias perguntas sobre amor e mágoa. Não conseguimos nos manter fora da guerra. Não conseguimos nem nos manter alimentados.

Paulo falou pela humanidade quando confessou, “Não sei o que estou fazendo.”1

Agora, eu sei que isso não justifica nada. Isso não justifica motoristas que batem e fogem ou camelôs de pornografia infantil ou traficantes de heroína. Mas ajuda a explicar por que eles fazem as coisas desprezíveis que fazem.

Meu ponto é: a raiva incontrolável não irá melhorar o seu mundo, mas a compreensão solidária irá.

Uma vez que enxergamos o mundo e nós mesmos como somos, podemos ajudar. Uma vez que nos entendemos, começamos a agir não a partir de uma postura de raiva, mas de compaixão e de preocupação. Olhamos para o mundo não com olhares carrancudos amargos, mas com mãos estendidas. Percebemos que as luzes estão apagadas e que muitas pessoas estão tropeçando na escuridão. Então acendemos as velas.

Como Michelangelo disse, “Nós criticamos criando.” Ao invés de reagirmos, nós ajudamos. Nós vamos aos guetos. Nós ensinamos nas escolas. Nós criamos hospitais e ajudamos os órfãos... e guardamos nossas armas de fogo.

“Não sabem o que estão fazendo”.

Há algo a respeito de compreensão do mundo que nos faz querer salvá-lo, até morrer por ele.

Raiva? A raiva nunca fez bem a ninguém. Compreensão? Bem, os resultados não são tão rápidos quanto a bala do vigilante, mas certamente são muito mais construtivos.

1 Romanos 7:15, paráfrase do autor.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Vencendo medos e ansiedades

Um “Chapeleiro Louco” de verdade: Paralisado pelo Medo

O auditório estava lotado com os pais orgulhosos dos alunos de teatro avançado mais promissores da região. Nos bastidores, membros de cada elenco repassavam apressadamente suas falas, preparando-se para a sua vez de competir.

“Vocês são os próximos”, disse a nossa professora, a Sra. Archer. “Basta lembrarem-se daquilo que viemos trabalhando e... quebrem uma perna”. Todos nós sorrimos um para o outro, sabendo que a expressão “quebre uma perna” significava, na linguagem do teatro, “boa sorte”. Nós não achávamos que precisávamos de sorte; nós havíamos ensaiado nossas falas tantas vezes que elas eram pronunciadas no automático. Nós nos sentíamos confiantes – e por que não deveríamos? Afinal, nós éramos os melhores. Quando os cinco de nós, atores e atrizes que estavam dramatizando a famosa festa do chá de Alice no País das Maravilhas, entramos no palco, o público ficou em silêncio, e as luzes se acenderam.

“Eu adoro a festa do chá”, disse Alice para mim, o Chapeleiro Louco. Enquanto ela sentava-se olhando para mim, esperando que eu lhe respondesse com a minha fala, algo absolutamente chocante aconteceu. De repente, senti como se estivesse assistindo toda a cena como uma espectadora – tudo se tornou confuso, e parecia que eu estava perdendo contato com a realidade. Lá no fundo da minha mente, eu sabia que eu deveria estar fazendo alguma coisa. Não tinha algo que eu deveria dizer? À medida que os segundos, que pareciam horas, passavam, eu ficava cada vez mais desorientada. Minhas mãos suavam e o meu coração batia fortemente. Eu senti como se fosse desmaiar. Em algum lugar no fundo da minha mente, eu ouvi vagamente a nossa professora sussurrando para mim freneticamente as minhas falas de fora do palco. Eu deveria falar essas frases? Eu não conseguia sequer me lembrar de como falar. Nada do que estava acontecendo ao meu redor fazia sentido.

“Eu adoro a festa do chá”, disse Alice novamente, dessa vez olhando fixamente para mim. Eu queria responder para deixá-la feliz, mas, no fundo do meu coração, eu não conseguia entender o que ela queria. Eu não sabia quem eu era ou o que eu estava fazendo ali, com todas aquelas luzes sobre mim. O público começou a murmurar. Os meus colegas atores e atrizes olhavam incrédulos para mim. Eu simplesmente fiquei sentada ali, na ponta da mesa, em transe. Quem eu era... o que estava acontecendo comigo? Tudo o que eu conseguia pensar era em como escapar. Então, eu simplesmente me levantei e caminhei para fora do palco. O resto do elenco, humilhado e irritado, saiu em seguida.

Sabe, eu consigo me lembrar vividamente dessa cena, mesmo ela tendo acontecido há mais de 30 anos. Ela está congelada na minha mente, juntamente com todas as outras grandes humilhações da minha vida. Eu gostaria de lhe dizer que eu fui aos bastidores, voltei ao normal e continuei com a nossa apresentação, mas isso não seria verdade. Não, na verdade, esse foi o fim da minha grande chance de ficar famosa, bem como o de algumas amizades da aula de teatro. Naquele dia me senti mais como um Chapeleiro Louco do que eu gostaria.

O medo é incrivelmente poderoso, não é? Ele pode acabar com a sua memória e fazer com que o seu coração bata fortemente. Na verdade, ele pode paralisar você. Ele pode fazer um soldado treinado chorar como uma criança, assim como o apavorado soldado de infantaria no filme O Resgate do Soldado Ryan. Ele sabia que deveria se levantar e salvar o seu amigo, mas ele se sentia completamente incapaz de se mover.

À medida que passarmos tempo juntas analisando os nossos medos e ansiedades, eu compartilharei mais desses momentos com você – tanto da minha própria vida quanto da vida de outras. Desde as grandes humilhações às pequenas e incômodas ansiedades que dançam como espectros ao redor de nossos pensamentos, eu quero que você saiba que não está sozinha. Eu sei o que é ficar acordada, à noite, com aquele mau pressentimento, pensando: “As coisas estão muito bem, isso não vai durar para sempre” ou “as coisas estão péssimas, elas nunca vão mudar!”. Eu sei o que é se preocupar, sentir os músculos ficarem tensos ao redor do pescoço, e sentir o estômago se revirar. Passei dias lutando contra o pensamento de que tudoestava à beira do colapso. Eu deixei minha mente vagar por todos os labirintos – imaginando que os meus filhos estavam mortos, ou que o meu marido havia perdido o seu amor por mim, ou que eu tinha alguma doença horrível, ou... e assim por diante.

Em resposta a esses pensamentos cheios de temor, eu disse e fiz algumas coisas bem tolas. Algumas delas, analisando bem, são realmente muito engraçadas, enquanto outras deixaram um rastro de tristes consequências. Eu compartilharei, propositadamente, muitos desses incidentes pessoais com você, para que veja que somos todas iguais em nossas respostas emocionais. Eu também compartilharei algumas histórias de mulheres que eu aconselhei – mulheres como você e eu. Eu farei isso porque quero que saiba que você não está sozinha.

Na verdade, isso é exatamente o que a Bíblia ensina: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana...” (1 Coríntios 10.13). Os medos que você e eu enfrentamos não são, na verdade, tão peculiares assim; esse versículo ensina que todas nós estamos praticamente no mesmo barco. Embora o foco e a intensidade dos nossos medos possam ser diferentes, cada pessoa que já viveu teve que lutar contra eles. Talvez, do seu ponto de vista, não pareça ser assim, mas mesmo aquelas que aparentam ser as mais corajosas entre nós tiveram que superar o medo.

Aquele que Venceu o Medo

Este não é apenas um livro sobre as lutas e os fracassos que temos em comum. Mesmo que seja útil para nós sabermos que não estamos sozinhas, eu entendo que o fato de termos essa consciência não nos ajudará a superarmos o problema. Os passageiros do Titanic podem ter ficado contentes por terem tido a mão de alguém para segurarem, mas, no final, isso não impediu que o navio afundasse sob aquela água gelada. Não! Assim como eles, nós precisamos de alguém forte o suficiente para nos resgatar da escuridão da noite, do frio terrível que ameaça paralisar as nossas almas. Precisamos de alguém que seja mais forte do que os nossos medos.

Jesus Cristo é esse alguém. Ele é o único que conhece intimamente todos os nossos pensamentos e medos. Ele é o único capaz de nos libertar. Isso porque ele enfrentou o maior de todos os medos por nós – o medo da morte e da separação de Deus – e ressurgiu vitorioso. A Bíblia ensina que uma das razões pelas quais ele deixou o céu e veio ao mundo foi para livrar “todos que, pelo pavor... estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2.15).

Nossos medos são como correntes em volta de nossos corações – eles nos paralisam, prendem e escravizam. Mas Jesus Cristo é a chave que pode banir todos os seus medos e libertá-la. Ele é capaz de fazer isso porque o amor dele é mais poderoso do que os seus medos. É plano dele ensiná-la, encorajá-la e transformá-la em uma pessoa que confia nele – mesmo em face de suas mais profundas preocupações e ansiedades. Ele não promete torná-la perfeita aqui na Terra, mas promete trabalhar poderosamente em seu coração agora e, enfim, libertá-la completamente de todos os medos no céu.

Elyse Fitzpatrick



Fonte: Introdução do livro "Vencendo Medos e Ansiedades", de Elyse Fitzpatrick, lançamento de Junho/2015 da Editora Fiel.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Cordeiro




[Abraão disse a Isaque:] Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho. (Gn 22:8a)

            Uma das mais importantes histórias do Antigo Testamento, mesmo parecendo um inominável absurdo, é a do obediente cumprimento de Abraão à ordem de Deus para sacrificar o seu amado filho Isaque. Conforme o texto de Gênesis 22:1-19, Deus fez isso para coloca-lo à prova. Abraão já esperara longos 100 anos para ter apenas um filho com Sara, quando a promessa era de que ele teria uma descendência tão numerosa quanto o pó da terra (Gn 13:16).
            Na narrativa do fato podemos destacar três aspectos:
1- Próximo ao local indicado por Deus, Abraão deixa ali seus dois servos, subindo apenas com o filho e os utensílios necessários ao sacrifício, e diz a eles: “Depois de adorarmos, voltaremos.”
2- Quando Isaque indaga sobre a ausência do costumeiro animal a ser dedicado a Deus, seu pai responde o que está no versículo em destaque.
3- No momento em que Abraão pega a faca para matar o filho já amarrado sobre a lenha no altar, uma voz do céu se faz ouvir, suspendendo a execução. Abraão não negara o “filho da promessa” ao Senhor, demonstrando assim que O temia acima de tudo.
            Conclui-se, pois, que Abraão tinha a certeza de que Deus faria alguma coisa, pois disse voltaremos (termo no plural): ressuscitaria Isaque (Hb 11:19) ou providenciaria, como de fato fez, o necessário substituto. Sua obediência e fé (Hb 11:17) são exemplos para nós hoje.
            Finalmente, Deus de fato interveio não deixando que se consumasse o holocausto, fato que confirmou sua fidelidade. Também cumpriu sua promessa descendência com a formação do povo de Israel, no qual nasceu Jesus, identificado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29b). Ele foi enviado ao mundo para morrer em nosso lugar, assim como aquele animal tomou o lugar de Isaque. Você já reconheceu tão grande sacrifício e entregou sua vida a Cristo?
Edmar Torres Alves
Pão Diário


Cristo é o cordeiro substituto que morreu em nosso lugar.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Pensando em você



"As vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças"Filipense 4.6.

O céu não conhece diferença entre domingo de manhã e quarta-feira à tarde. Deus almeja falar claramente no local de trabalho tanto quanto no santuário. Ele anela ser adorado quando nos sentamos à mesa do jantar, e não apenas quando nos achegamos à mesa da comunhão. Você pode passar dias sem pensar nEle; não existe, porém, um momento em que Ele não esteja pensando em você.

Sabendo disto, compreendemos a rigorosa meta de Paulo: "Levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo" 2 Co 10.5.

Podemos entender porque ele insiste conosco: "Orai sem cessar" 1 tess 5.17, "perseverai na oração" Rm 12.12, e "Não se cansem de orar" Cl 4.2.

Max Lucado
Extraído do livro A grande Casa de Deus

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Nunca a sós




Se alguém me ama (...)viremos para ele e faremos nele morada. João 14:23

            Você alguma vez se sentiu sozinho? Realmente sozinho? Muitas pessoas podem responder com um sim porque se sentem dessa maneira todos os dias. Não me refiro às pessoas que vivem em uma cabana remota, no lato de uma montanha e longe da civilização. Estou falando daqueles que se sentem sós no meio à multidão, num centro de compras ou numa igreja lotada.
            Refiro-me às pessoas que simplesmente não conseguem alguém com quem podem se conectar. Talvez sejam recém-chegados em uma comunidade. Talvez tenham perdido um cônjuge ou simplesmente se sintam sozinhos porque acham que são diferentes; incomuns e se excluem da comunicação normal com os outros.
            Você alguma vez esteve só, realmente só? Se este for o seu caso, então há boas-novas. Se você convidou a Cristo pra entrar em sua vida como Salvador e Senhor, você nunca está sozinho. Você tem a Sua presença constante. Eis aqui a Sua promessa: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mateus 28:20). E a promessa de Deus, o Pai: “...De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13:5). Reconheça como o salmista que não existe um lugar que você possa ir, onde Deus não estará como você (Salmo 139:7).
            Claro, todos nós necessitamos companheiros de carne e sangue, mas não devemos deixar de ver a realidade da presença de Deus. Podemos depender desta presença. Com Ele ao nosso lado, nunca estaremos sozinhos.
Dave Branon
Pão Diário


A presença de Deus em nós é um de Seus presentes.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Simplesmente ore


"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores" Tiago 5.13.

Quer saber como aprofundar a sua vida de oração? Ore. Não faça preparativos para orar. Simplesmente ore. Não leia sobre oração. Apenas ore. Não assista a uma conferência sobre oração, nem entre numa discussão sobre oração. Tão-somente ore.

Postura, tom e lugar são assuntos pessoais. Escolha a forma que funciona para você. Mas não pense muito a respeito Não fique tão preocupado em embrulhar o presente a ponto de nunca o dar. É melhor orar desajeitadamente que nunca fazê-lo.

E se você acha que só deve orar quando inspirado, tudo bem. Apenas cuide para que esteja inspirado todos os dias.

Max Lucado
Extraído do livro Quando Deus Sussurra o seu Nome

quarta-feira, 3 de junho de 2015

CLAME AO SENHOR



"E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi tem misericórdia de mim!" (Mc 10:48).
Bartimeu era um mendigo cego. Cego no corpo, mas não na alma. Os olhos do seu entendimento estavam abertos, via que Jesus de Nazaré era a solução da sua vida. Ele não viu os milagres que Jesus havia feito, mas ouvindo a narração de muitas curas milagrosas, passou a crer. Vemos no texto que narra a sua história (Mc 10:46-52), que ele teve vários empecilhos para chegar até Jesus. Mas, foi perseverante naquilo que queria. Perseverar significa persistir, permanecer firme num propósito em qualquer situação.
Bartimeu foi repreendido por aqueles que estavam a sua volta, para que se calasse quando começou a clamar por Jesus. Porém ele não se calou. Se outros não sabiam quão grande era a dor e a tristeza de ser cego, ele sabia. Se outros pensavam que não valia a pena se esforçar, ele sabia que valia.
Bartimeu não se importou com as repreensões dos que estavam à sua volta, nem fez caso do ridículo que sua importunação podia trazer-lhe. Assim, clamava cada vez mais.  Persistindo em seu clamor, obteve o que seu coração desejava, recebeu a cura. Sua situação foi mudada por Jesus, graças à sua perseverança.
Portanto, assim como Bartimeu, não devemos nos importar com o que os outros pensam ou dizem a nosso respeito para nos desanimar e nos fazer desistir. Devemos sim, perseverar firmes no propósito que cremos que Deus tem para nossas vidas. Não devemos olhar para as circunstâncias que nos cercam, nem desistirmos quando tudo parecer estar contra nós. Em meio a tudo isso, sejamos perseverantes em clamar Àquele que pode mudar todas as situações da nossa vida.
Hoje, não é diferente dos dias de Bartimeu. Precisamos ter consciência da real oposição do diabo e do mundo que, constantemente, estão tentando nos intimidar diante das circunstâncias da vida, nos dizendo que não podemos, que somos fracos, que estamos sós.  Mas, é diante dessas situações que devemos nos levantar e clamar ao Senhor com fé, crendo que ele nos ouve e pode resolver problemas e mudar qualquer situação, ainda que nos pareça impossível.
            Consideremos a nossa vida, como temos agido diante das dificuldades? Será que temos clamado com fé ao nosso Deus? Será que o nosso clamor tem sido feito com sinceridade e humildade ou apenas com palavras bonitas, mas vazias?
Clame ao Senhor de todo coração e Ele certamente te ouvirá! Deus abençoe você.

          Rogério Boechat Fonseca