[Abraão disse a Isaque:]
Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho. (Gn 22:8a)
Uma das mais importantes histórias do Antigo Testamento,
mesmo parecendo um inominável absurdo, é a do obediente cumprimento de Abraão à
ordem de Deus para sacrificar o seu amado filho Isaque. Conforme o texto de
Gênesis 22:1-19, Deus fez isso para coloca-lo à prova. Abraão já esperara
longos 100 anos para ter apenas um filho com Sara, quando a promessa era de que
ele teria uma descendência tão numerosa quanto o pó da terra (Gn 13:16).
Na narrativa do fato podemos destacar três aspectos:
1- Próximo ao local indicado
por Deus, Abraão deixa ali seus dois servos, subindo apenas com o filho e os
utensílios necessários ao sacrifício, e diz a eles: “Depois de adorarmos, voltaremos.”
2- Quando Isaque indaga
sobre a ausência do costumeiro animal a ser dedicado a Deus, seu pai responde o
que está no versículo em destaque.
3- No momento em que Abraão
pega a faca para matar o filho já amarrado sobre a lenha no altar, uma voz do céu se faz ouvir, suspendendo a
execução. Abraão não negara o “filho da promessa” ao Senhor, demonstrando assim
que O temia acima de tudo.
Conclui-se, pois, que Abraão tinha a certeza de que Deus
faria alguma coisa, pois disse voltaremos
(termo no plural): ressuscitaria Isaque (Hb 11:19) ou providenciaria, como
de fato fez, o necessário substituto.
Sua obediência e fé (Hb 11:17) são exemplos para nós hoje.
Finalmente, Deus de fato interveio não deixando que se
consumasse o holocausto, fato que confirmou sua fidelidade. Também cumpriu sua
promessa descendência com a formação do povo de Israel, no qual nasceu Jesus,
identificado como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29b).
Ele foi enviado ao mundo para morrer em nosso lugar, assim como aquele animal
tomou o lugar de Isaque. Você já reconheceu tão grande sacrifício e entregou
sua vida a Cristo?
Edmar Torres Alves
Pão Diário
Cristo
é o cordeiro substituto que morreu em nosso lugar.