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terça-feira, 27 de setembro de 2016

“Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram.” (Salmos 22.14)

A terra e o céu já contemplaram um espetáculo mais deplorável do que este? Tanto na alma como no corpo, nosso Senhor se sentiu tão fraco como a água derramada no solo. O ato de colocar a cruz no buraco sacudiu a Jesus com grande violência, retesou-Lhe todos os ligamentos, causou-Lhe dores em cada nervo e deslocou parte de seus ossos. Sobrecarregado com o seu próprio peso, o Sofredor sentiu o esgotamento crescendo a cada momento daquelas seis longas horas. O sentimento de debilidade e fraqueza geral se mostrou excessivamente poderoso, enquanto aos seus próprios olhos Ele se tornava nada mais do que um corpo de miséria e de enfermidade crescente. Quando Daniel teve a grande visão, assim ele descreveu sua sensação: “Não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma” (Daniel 10.8). Quão desanimado Ele deve ter ficado quando contemplou a terrível visão da ira de Deus, sentindo-a em sua própria alma!

Sensações como as que nosso Senhor suportou teriam sido insuportáveis para nós; e a perda de consciência nos teria sobrevindo para nos livrar de tais sensações. Mas, no caso de nosso Senhor, Ele foi ferido e sentiu a espada. Ele esvaziou todo o cálice, sorvendo cada gota. Quando nos prostramos diante do trono de nosso Senhor exaltado, devemos recordar bem o caminho por intermédio do qual Ele preparou-nos um trono de graça. Em espírito, devemos beber do cálice de nosso Senhor, para sermos fortalecidos na hora de nossa aflição, sempre que ela nos encontra. Em seu corpo cada membro sofreu e assim deve ser no espírito. Entretanto, assim como seu corpo ressurgiu sem dor e aflição, ileso em glória e poder, assim seu corpo espiritual ressurgirá da fornalha com nada mais que cheiro de fogo.


Charles H. Spurgeon

terça-feira, 20 de setembro de 2016

6 Aspectos da Humildade

Se a humildade não é uma conformidade submissa ao relativismo e não é um ceticismo presunçoso, o que é? Isto é importante, já que a Bíblia diz, "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes" (1 Pedro 5:5), e "Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lucas 14:11). Deus nos disse ao menos seis coisas sobre a humildade.

1. Humildade começa com um senso de subordinação a Deus em Cristo.

Não é o discípulo mais do que o mestre, nem é o servo mais do que o seu senhor.. (Mateus 10:24)

Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus. (1 Pedro 5:6)

2. Humildade não sente direito de ter um melhor tratamento do que Jesus teve.

Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos? (Mateus 10:25)

Portanto humildade não dá a ninguém mal por mal. Não é uma vida baseada nos direitos percebidos pelas circunstâncias da vida.

também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas; ... quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente. (1 Pedro 2:21-23)

3. Humildade afirma a verdade não para apoiar o ego com controle ou triunfos em disputas, mas como serviço a Cristo e amor ao adversário.

[amor] não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. (1 Coríntios 13:6)

O que vos [Cristo] digo em trevas, dizei-o em luz. . . . não temais.. (Mateus 10:27-28)

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.. (2 Coríntios 4:5)

4. Humildade sabe que é dependente da graça para todo o conhecimento e fé.

Porque quem te diferença? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras recebido? (1 Coríntios 4:7)

recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma. (Tiago 1:21)

5. Humildade sabe que é falível, e então considera críticas e aprende com estas; mas também sabe que Deus proveu a convicção humana e que ele nos chama a persuadir outros.

Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. (1 Coríntios 13:12)

o que dá ouvidos ao conselho é sábio. (Provérbios 12:15)

Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens.(2 Coríntios 5:11)

6. Humildade é crer de coração e confessar com os lábios que nossa vida é como um vapor, e que Deus decide quando nós morremos, e que Deus governa todos os nossos empreendimentos.

Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos. 14 Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece. 15 Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. 16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna. (Tiago 4:13-16)


John Piper

terça-feira, 13 de setembro de 2016

“O amor de Cristo, que excede todo entendimento.” (Efésios 3.19)

O amor de Cristo em sua doçura, plenitude, grandeza e fidelidade, excede toda a compreensão humana. As palavras são incapazes de descrever o incomparável amor dele para com os homens. Este amor é tão amplo e ilimitado, que, assim como a andorinha desliza pela superfície da água e não mergulha às profundezas, assim também as palavras descritivas apenas tocam a superfície deste amor, enquanto profundezas insondáveis permanecem embaixo. Bem diria o profeta: “Ó amor, tua profundidade é impenetrável!” pois este amor de Cristo é de fato, sem medida e sem fim; nenhum outro pode igualar-se.

Antes de termos qualquer ideia correta sobre o amor de Cristo, precisamos entender a sua glória anterior nas alturas da majestade e em sua encarnação na terra com todas as suas vergonhas. Mas quem pode descrever a majestade de Cristo? Quando estava entronizado nas alturas celestes, Ele era Deus tanto quanto Deus. Por meio dele, os céus foram criados, bem como todas as suas hostes. Seu próprio braço todo-poderoso sustentava as esferas. Os louvores dos querubins e serafins rodeavam-no continuamente. O abundante coro de aleluias do universo fluía incessantemente aos pés do trono de Jesus. Ele reinava supremo acima de todas as suas criaturas – Deus sobre todos, bendito para sempre (ver Romanos 9.5).

Quem pode dizer o nível de sua glória nesta posição? Por outro lado, quem pode descrever a profundeza de sua condescendência? Ser um homem era uma coisa, mas ser um homem de dores era outra coisa muito diferente. Sangrar, morrer e sofrer significaram muito para Ele, que era o Filho de Deus. No entanto, sofrer uma agonia incomparável e suportar uma morte vergonhosa e o abandono da parte de seu Pai – isto demonstra a profundeza de amor condescendente, que a mente mais inspirada falhará em imaginar completamente. Em Jesus há amor! Amor de verdade, “que excede todo entendimento”. Oh, que este amor encha nosso coração com gratidão adoradora e nos conduza a manifestações práticas de seu poder.



Charles H. Spurgeon

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Versículo do Dia: “Pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53.5)

Pilatos entregou nosso Senhor ao oficiais romanos, para que Ele fosse açoitado. O açoite romano era um dos mais terríveis instrumentos de tortura. Era feito de tendões de boi e tinha ossos agudos entremeados nos tendões, de modo que, em cada golpe do açoite, os pequenos ossos infligiam cortes terríveis, rasgando a carne da vítima até ao osso. Sem dúvida, o nosso Salvador foi amarrado à coluna e açoitado deste modo. Ele havia sido ferido antes, mas esse açoitamento por parte dos oficiais romanos foi provavelmente o mais severo de seus flagelos.

Ó minha alma, contempla esta cena e chora diante daquele corpo ferido. Crente em Jesus, tu podes fixar os olhos nEle, com lágrimas, enquanto Ele permanece diante de ti, refletindo o amor que suportou tal agonia? O Senhor Jesus é, ao mesmo tempo, belo como o lírio da inocência e vermelho como a rosa, no carmesim de seu próprio sangue. Quando sentimos a verdadeira e bendita cura que as feridas dele produziram em nós, nosso coração não se dilata imediatamente com amor e pesar? Se amamos o Senhor Jesus, temos de sentir agora mesmo esta afeição crescendo em nosso íntimo. Com alegria iríamos ao nosso quarto e choraríamos, mas desde que nossas obrigações não o permitem, em primeiro lugar, oraremos: “Ó Amado, imprime a imagem de teu próprio eu sangrento na tábua de nosso coração, durante todo este dia. E, quando a noite chegar, retornaremos à comunhão contigo e sentiremos pesar devido ao fato que nossos pecados Te custaram tanto sofrimento”.

Vejam como Jesus é paciente, Insultado, de modo mais indigno!

Pecadores ataram as mãos todo-poderosas E cuspiram na face do Criador benigno. Suas têmporas, feridas com espinhos, Derramam sangue, em grande profusão.

Suas costas, chicoteadas. Mas, chicotes ainda mais cortantes, partem seu meigo coração.

Charles H. Spurgeon