17 nov 2012 ÍNDIA
A Índia ocupa a 37ª
posição na classificação dos países que mais perseguem os cristãos. Dados
apontam que "enquanto a maioria dos cristãos indianos é relativamente
livre, muitas regiões do país sediam verdadeiros campos de batalha entre
extremistas hindus e cristãos". A violência contra pastores e ataques a
reuniões da Igreja continuam mensalmente, principalmente, em áreas rurais.
Confira abaixo relatório
de incidentes ocorridos na Índia, entre setembro e outubro de 2012, separados
por estado e cidade, respectivamente.
Estado: Karnataka – Cidade: Kannur
O pastor John Samuel
Kim, da Casa de Oração Jerusalém, localizada na vila Kannur, a poucos
quilômetros de distância da zona Kolar, disse à Portas Abertas que estava
parado na estrada com três amigos, em 11 de outubro, após a distribuição de
cartões de casamento de sua irmã.
"Um grupo de 20
extremistas me questionou sobre o que eu estava fazendo na aldeia", contou
ele. "Eles me empurraram, dizendo: ’Por que você visita a aldeia e fala às
pessoas sobre Cristo?', acusaram-me de conversão forçada e agrediram-me com
paus e pedras, pontapés e socos."
Kim caiu inconsciente.
Os agressores o deixaram e os amigos do pastor chamaram a polícia. Ele foi
hospitalizado com uma costela quebrada e ferimentos na cabeça e no pescoço.
Na manhã seguinte, bem
cedo, quatro pessoas invadiram a ala hospitalar onde Kim estava internado.
"Eles disseram que
eu deveria morrer, sacudiram minha cama e me agrediram de novo. Apertaram meu
pescoço e me ameaçaram com uma arma afiada", disse ele. Nesse segundo
ataque, Kim sofreu uma grave lesão no pescoço.
Os agressores fugiram
quando ouviram o som de pessoas chegando. Mais tarde, Kim forneceu uma descrição
dos atacantes para a polícia, que postou guarda na enfermaria por sete dias,
até que o pastor estivesse recuperado.
A polícia registrou
queixa contra os atacantes, mas nenhuma prisão foi feita. O superintendente do
Distrito Policial de Kolar, Ram Niwas Seeat, relatou à Portas Abertas que ele e
sua equipe vão continuar protegendo o pastor sempre que necessário, e que as
buscas pelos agressores continuam.
O Conselho Global de
Cristãos Indianos, grupo de defesa, informou que o ataque de 11 de outubro foi
o segundo sofrido por Kim, somente no ano passado. Três meses antes, em
Bangarapet, ele foi atacado de forma semelhante.
O pastor não registrou
queixa na polícia depois do primeiro ataque. "Eu os perdoei e imaginei que
eles não fossem me incomodar novamente", disse ele.
"Eu estava
atravessando o viaduto de moto quando eles me pararam. Acusaram-me de conversão
forçada e me agrediram", revelou Kim à Portas Abertas.
Ataques contra pastores
e instituições cristãs têm aumentado significativamente no sul do estado
indiano de Karnataka, onde a violência contra os cristãos tem sido mais
frequente durante os últimos nove meses.
Estado: Karnataka – Cidade: Anekal
Taluk
Hindus acusaram um
centro cristão de desenvolvimento infantil de converter crianças ao
cristianismo. O diretor do centro, Devanand Samuel, disse à Portas Abertas que
oficiais de polícia de Karnataka foram até o local em 29 de setembro, com
acusações de que o lugar usava alimentos, roupas e educação para atrair as
crianças para o cristianismo.
Um político local, J.
Ram, aumentou a pressão, em 10 de outubro, quando ameaçou a aplicação de
consequências terríveis se o centro não fechasse. Funcionários interditaram a
instalação, mas, segundo Samuel, divulgaram um comunicado de "retomada das
atividades em breve".
A organização em Anekal
Taluk, ao sul de Bangalore, só pode retomar suas atividades em 29 de outubro,
depois que familiares reuniram-se com os acusadores e insistiram que seus
filhos estavam recebendo ensinamento acadêmico, não religioso.
Fonte: Portas Abertas
Por Mayelli Ferreira.
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