11 jan 2013 SENEGAL
Silva
e Zeneide estão presos há dois meses, acusados de aliciar menores para o
tráfico. Mantidos por organizações cristãs do Brasil, os missionários eram
responsáveis por um projeto social voltado aos jovens de rua. Seu “crime” foi
converter crianças ao cristianismo.
Há
alguns anos, os cristãos José Dilson Alves da Silva e Zeneide Moreira Novais
fizeram as malas e mudaram-se para o Senegal, país localizado na costa
atlântica da África, e que faz fronteira com o Mali, 7º colocado na
Classificação de Países por Perseguição (WWL).
A
rotina de ambos estava ligada, principalmente, ao trabalho que exerciam através
do projeto social Obadias, segundo reportagem da revista Istoé , “financiado
pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT), que dá abrigo,
comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua, muitos deles oriundos de escolas
corânicas – os chamados talibês, estudantes islâmicos que são forçados por seus
professores a mendigar nas ruas”.
No
início de novembro, o pai de um dos meninos do abrigo dirigiu-se às autoridades
e fez acusações contra José e Zeneide, alegando que seu filho havia se recusado
a recitar uma oração muçulmana e estava exibindo comportamento cristão. O pai
afirmou que os cristãos estavam desrespeitando o Islã ao ensinar o cristianismo
para as crianças. Outras acusações incluem sequestro e tráfico de menores. Os
dois ficarão presos em Dakar, capital do Senegal, até que a investigação, que
determinará o futuro do caso, seja concluída. Isso pode levar até seis meses.
No
Senegal, 92% da população é declaradamente sunita, mas a liberdade religiosa
está prevista na Constituição. Na prática, não foi bem isso o que aconteceu.
Ainda de acordo com a matéria da Istoé, “meios de comunicação senegaleses
reproduziram a acusação: ‘Pastor brasileiro convertia crianças ao
cristianismo’, dizia o título de uma matéria publicada na primeira página do tabloide
‘Le Populaire’” .
Enquanto
aguardam a decisão da Justiça, ambos vivem agora restringidos ao limite da
cadeia; em celas diferentes, mas compartilhadas com 30 pessoas, sem janelas ou
qualquer espaço. São autorizados a receber visitas rápidas de familiares e
amigos somente duas vezes por semana, além de consultas regulares com dois
médicos e um psicólogo.
Um
fator de forte preocupação, porém, é a saúde do pastor. Ele é diabético, está
fraco, com um dente quebrado e uma inflamação no ouvido. Fontes informaram que,
por conta disso, lhe foi permitido receber comida preparada por seus colegas de
fora da prisão. Não somente Silva, mas Zeneide também. Ela, por sua vez, tem
ensinado artesanato às demais prisioneiras e, quando possível, compartilhado
com elas as refeições preparadas por missionários amigos.
*Esclarecimento
importante: diferente do que alguns sites mencionam, os missionários não são
casados, apenas trabalhavam juntos.
Pedidos de oração
• Ore para que José e
Zeneide não desanimem, mas sejam fortalecidos a usar o seu tempo na prisão para
compartilhar o amor de Cristo.
• O Pr. José e sua
esposa Marli (que, atualmente, está no Brasil) têm três filhos, apenas o mais
novo permanece em casa. Peça a Deus para que os corações e mentes de todos os
membros da família sejam cheios de paz e confiança até o dia da liberação do
pai.
"Eu lhes disse
essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão
aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". João 16.33
Fonte: Portas Abertas
Por Mayelli Ferreira.
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