Texto: Lc. 2: 4-11 http://www.bibliaonline.com.br/acf/lc/2
Mt. 27: 51 http://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/27
Neste período do
ano já nos deparamos com os enfeites de Natal, o que nos chama a atenção é que
as pessoas continuam presas a um Jesus menino, numa manjedoura. Quando
analisamos o texto, nos primeiros versos, vemos que saiu um decreto do césar
Augusto (vs2) para que todos fossem se alistar em suas cidades. Isso não foi só
um decreto da parte do coração do homem mas
um projeto de Deus, nenhum desígnio de Deus pode ser impedido e Ele cria
circunstâncias para sua execução. A promessa nos diz que Cristo nasceria em
Belém, houve um grande movimento de pessoas cada um em sua própria cidade.
Assim era fácil o anúncio em massa do nascimento do Salvador. Não haveria
pessoa sem desculpa para se esconder e dizer que não sabia do nascimento de
Cristo. Deus manifesta como, quando e onde Ele quer.
“E deu à luz a
seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura,
porque não havia lugar para eles na estalagem. Lucas 2:7”. Essa
manjedoura que por muitas das vezes vemos nos lugares é algo tão bem preparado
que nos encanta, os enfeites são bonitos, tudo parece maravilhoso mas a
condição que o texto apresenta para nós é bem diferente. A princípio, pelo
estudo mais profundo, entendemos que a manjedoura era esculpida em pedras
frias, era lugar de alimentar o gado. O local onde um boi come fica totalmente
infectado, é inevitável pisar nas fezes dos animais, foi nesse cenário que
nosso Salvador nasceu. Se houvesse uma estalagem quem sabe daríamos nosso
quarto para que o filho de Deus nascesse mas naquela ocasião, de fato, não
poderia haver lugar para Maria porque foi a maneira que Deus escolheu para que Seu
Filho nascesse. Ele poderia providenciar o melhor lugar para o Filho Dele
nascer.
Quando não achamos
lugar para Jesus na estalagem, vemos que no mundo hoje também não há lugar para
Jesus, Ele quer primazia em nossas vidas. A sujeira daquele lugar se compara à
sujeira onde os homens vivem hoje, e é onde Jesus se apresenta para nos
resgatar de nosso pecados. Tentamos, na maioria das vezes, arrumar tempo para
conversar com os amigos mas para Cristo continuamos “sem lugar na nossa estalagem”.
Cristo recebeu alguns nomes:
_Conselheiro: Jesus
está presente nas nossas amarguras e pesares mas procuramos conselhos humanos
sem saber se a a pessoa está em condição de nos aconselhar, e Jesus continua “sem
lugar na nossa estalagem” que, de fato, Ele comprou para se instalar);
_Pai da eternidade
e Príncipe da paz: mesmo assim não tem lugar para Ele no coração de muitas
pessoas.
Um coração que falta
paz e harmonia com o próprio Deus não reconheceu Jesus com todos estes
atributos. Talvez você tenha reconhecido Jesus somente como seu Salvador. Houve
lugar em Belém para todas as pessoas menos para Jesus
“E eis que o
véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e
fenderam-se as pedras. Mateus 27:51”. Em Belém, Deus
manifesta sua graça, Cristo nascendo em uma manjedoura, os nobres não receberam
a notícia primeiro mas sim os pastores que estavam guardando o rebanho. Eles
acreditavam na promessa que o Salvador viria porque o mundo estava em trevas e
o homem sem condições de ser restaurado, longe do Senhor. Um anjo aparece e anuncia
que o Cristo havia nascido, era motivo de alegria porque havia nascido o Salvador.
Quando Deus manifestou Sua graça, Ele manifestou Sua maravilhosa luz, Cristo,
mas o homem amou mais as trevas do que a luz. Deus movimentou toda a
humanidade. Naquela época quem não cumpria um decreto era trancado em prisões e
sujeito a muitos açoites, não era como hoje, em que a violência e a
incredulidade tem se amontoado sem medida, que os homens não respeitam mais as
autoridades. Deus desencadeou dos céus sua ira sobre seu Filho ao ponto dele
dizer: “Deus meu, por que me desamparaste?” O Cristo adulto vai a cruz e sente
o abandono daquele com quem Ele tinha comunhão perfeita, tudo isso por você e
por mim.
Houve trevas
naquele momento, Deus movimentou os astros, o véu do templo se rasgou de alto a
baixo, fenderam-se as pedras e abriram-se os sepulcros. O manifestar de Deus é
para que todos possam perceber. Na manjedoura, Jesus vem em um anúncio de luz
revelando o amor de Deus por nos; na cruz, o homem revela seu ódio contra Deus,
uma sombria atitude de andar longe de Deus. Você que ainda não tem um
compromisso com Deus saiba que Ele se manifestou em luz, mas o dia em que Ele se manifestar como
um relâmpago, nenhuma criatura vai se achar indesculpável diante desse Deus que
pode fazer todas as coisas. Muitas vezes não há lugar na nossa estalagem, não
há primazia para Jesus.
Um homem anunciou
que estava vendendo 100 ha
de terra por um preço que qualquer um podia pagar. Alguém disse que comprava, a
condição era que o vendedor tivesse uma pequena casa no meio da propriedade.
Feito o negócio, dias depois, o dono da casinha queria um pequeno pedaço de
terra para fazer passagem. Depois ele quis uma estrada mais larga. O comprador
percebeu que havia feito um péssimo negócio porque tinha deixado a chácara do
vendedor no meio.
Jesus te comprou
por alto preço, se você tem deixado satanás fazer uma chácara em seu coração, saiba
que ele faz como aquele vendedor, vai tomando conta de tudo aos poucos. Não
permita que satanás tenha um pedaço qualquer em tua vida porque ele vai
conseguir te levar à ruína. Teu coração vai ser trilhado para o pecado e longe
da presença de Deus. Em corrida de dois quem chega em segundo é perdedor! Que esta
palavra possa impactar teu coração para que você não deixe trilhas para que o
inimigo cause estragos em tua vida. Tudo que Jesus fez foi completo, Ele morreu
na cruz para que pudéssemos ter vida em abundância Nele. Muitas
pessoas o procuram somente buscando bênçãos, mas a maior benção de Deus em
nossa vida é sermos alcançados por Cristo e reconhecermos nossos pecados. Cristo
olhou para cada um de nós com olhar de misericórdia. Nós não podemos fazer nada
para sermos salvos, Cristo já fez tudo. Ir à igreja não salva ninguém, só quem
salva é Cristo. O que você precisa deixar para que Deus seja Senhor de tua vida?
Por Lívia Xavier
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