Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio e nada
temerei. Sl 56:4
Blaise
Pascal era cristão, cientista, filósofo e autor de diversos livros. Teve uma
vida curta, porém incomum. Com 16 anos publicou o primeiro estudo matemático.
Aos 20, inventou uma calculadora. Todavia, sua vida foi marcada por doença e
sofrimento. Desde os seus 18 anos de idade não viveu sequer um dia sem sentir
dores. Faleceu aos 39 anos.
Ele escreveu
um memorial com um impressionante testemunho de sua conversão e uma oração de
enfermos, tida como uma das suas obras mais preciosas. Lá consta: “Senhor,
conceda-me a graça de unir o Teu consolo às minhas dores para que eu sofra como
um cristão. Não te peço que me livres da dor; mas peço-te que eu não seja
entregue à dor sem o consolo do Teu Espírito. Não te peço uma superabundância
de consolações em qualquer dor. Também não te peço abundância de sofrimento sem
o Teu consolo. Mas peço-te uma coisa só, Senhor: poder experimentar ao mesmo
tempo a dor e o consolo do Teu Espírito. Pois é nisso que consiste a verdadeira
essência de ser cristão. Não quero sentir dor sem consolo mas dor e consolo
para que no fim eu alcance o alvo em que somente terei consolo sem qualquer dor”.
Esta oração demonstra um pouco da vida de fé desse homem.
Tinha um
relacionamento pessoal com o Senhor, em cuja presença vivia. Como o salmista,
experimentou que quem conhece Deus sabe em quem confiar. Sabia que ninguém
melhor que o Senhor podia compreendê-lo. Sabia a quem recorrer nos momentos de
aflição. Tinha uma fonte de onde buscava forças e consolo.
Sua vida,
apesar de tudo que sofria, tinha um sentido e uma esperança. Veja: o salmista
conhecia tudo que é fundamental para viver e sobreviver nas contrariedades que
a vida nos impõe. Isso era fruto de sua fé e do seu relacionamento com o
Senhor. Urge, pois, que cresçamos na nossa comunhão com Jesus e na nossa
dependência Dele. Esta já é sua experiência?
Lodemar Schlemper
Pão Diário
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